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quinta-feira, 4 de março de 2010

Renascer




O renascer das cinzas por entre fumos
O correr na estrada sem saída
O grito abafado dos defuntos
Histórias e historietas caídas
Mundo dos grandes sem pudor
Podridão cheia de bolor
Ratos e ratazanas em agonia
Pela chuva que cai
E o vento que assobia
Mãe onde estou eu
Em que mundo
Ou já morri
Se morri de que maleita
Se o meu mal foi unicamente a deita
Não me digas por favor
Porque o que mais me custa
É esta dor
Dor que tarda em sair
Sinto os meus ouvidos a zunir
Nem comboio nem camião
Nem bicicleta pela mão
Desejo isso sim paz
Fico-me mesmo no chão
Este que me viu levantar
E pelo qual aprendi a andar
Não vou de empurrão
Segura-me isso sim na minha mão
E sente o que eu sinto
Este frio no peito
E o bater do coração
Meu filho consegues dizer não
Choro por dentro
Por fora é ilusão
Desejo isso sim dar-te o meu coração
Porque tudo o resto me levaram
Me despejaram de tudo
Não da alma nem do coração
Esses são meus e teus
E de mais alguém
Que me entenda e compreenda
Porque este Mundo é uma ilusão
Olho para o rio fundo e negro
Que passa aqui perto mas nem água leva
Nem me posso atirar porque seria desilusão
Aqui mesmo ao meu lado pequeninos e lindos
Dormem descansados e a seu lado
O meu Amor por ele não posso desistir
Mas lá no fundo tenho uma dor
Que o tempo vai sarar
Porque afinal vais conseguir dizer não
E todos juntos te aclamarão

2 comentários:

Andradarte disse...

Bonito....Há sempre algo que nos retem
por quem vale a pena lutar....
Abraço

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Muito lindo poema...adorei ler.

Abraço
Sonhadora

ESVOAÇAR...

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