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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Saudade...

Saudade

Um perfume no ar me agrada
No olhar muito mais atento
Não tenho medo de nenhuma praga
Será esse o meu desalento

Não eu sei bem o que quero
E muito bem onde procurar
Vou procurar um bolero
E dançar com o meu par

Ali ao lado os meninos pequenos
De gravata a condizer
De olhar bem arregalados
Um dia também vão crescer

Desejo um monte bem no monte
Não para me esconder
Para ser feliz e beber da fonte

E estar junto para te atender

Um lugar no monte


Um olhar no meio do nada
A ilusão do saber quase tudo
Esta tarde está bem abafada
No sótão há lençóis de veludo

Ao longe sente-se o sino a falar
Do tempo que ninguém padece
No beco há sussurrar
Da festa que o povo carece

Há momentos diferentes na vida
Olhares perdidos no ar
Viagens de uma só ida
Amores sabores a pairar

Degraus que se descem lentamente
Ao sabor desse próprio momento
Abraços afagados deliberadamente
Fugindo ao seu próprio tormento

Em cada palavra forte e segura
Duma criança que deseja brincar
No seu sorriso procura
O aval para continuar

A tarde essa avança sem parar
Só esperando os seus amores
As horas não tardam a findar

A mesa cheia de sabores

O assobio do vento que passa

  O vento que lá fora assobia Não traz nada simplesmente frio No beiral aconchega-se uma cotovia De asa de lado estará ferida A cria...