Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 7 de março de 2014

Solidão


Perdido no meio do tempo
Solidão atroz desalento
Vou para outra margem
Sim vou só e sem bagagem

Dentro de mim levo o sofrimento
Perdi-me entre o alimento
Levo o amor de tantos vós
E uma ferida atroz

Queria viver para sonhar
Ou sonhar para viver
Mas nada disso consigo
Mesmo Tu sendo meu amigo

Necessito de tempo
Tempo que jamais voltará
Necessito de todos vós
Parto ao deus dará

Não sei o que dizer
A vida é um tormento
Seja ela uma vida de sofrimento
Ou mesmo uma vida de desalento

Dinheiro aos potes
Pequenos como todos vós
Não tenho calotes
Mas uma ferida atroz

Parto sem deixar rasto
Necessito de morrer
Quem sabe para voltar viver
E comer um melhor repasto

Solidão
Num país que me destruí-o
Que me viu nascer
Afinal morrer é isto mesmo

Quero gritar da minha janela
Mas a voz empregada no horizonte
Nas imagens da minha infância
Nem força para olhar o monte

Quero partir mas até isso tenho medo
Não de mim mas dos que ficam
Pequenos e desamparados
Azuis e castanhos

E amigos
Perdoam-me
Forças que partem
Alentos que se invadem
Tristezas vividas
Sinto-me só rodeado de tantos outros
Trabalho para que se a tristeza é isso mesmo
Amigos
Inimigos
Nem sei bem por que será
Que a vida afinal é como é
Um dia deitado outro de pé
Grito esse abafado

Até ao sopé

O assobio do vento que passa

  O vento que lá fora assobia Não traz nada simplesmente frio No beiral aconchega-se uma cotovia De asa de lado estará ferida A cria...