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domingo, 22 de setembro de 2013

Liberdade


Esperança que tinhas partido
Na volta das ondas
Voltas-te
O mar esse revolto em si mesmo
Deixa-te entrar no porto de abrigo
O teu olhar no firmamento prevê tempestade
Mas a esperança essa voltou
Numa chegada existe sempre uma partida
Depois da guerra vem a paz
E sem ela nada fica como antes
Nada fica capaz
De se lembrar dos amigos
Das escadas e dos vãos
Do pão
Até da paz
Essa que partiu o coração
E não te satisfaz
Um sorriso aparece na madrugada
Mesmo que seja fugazmente
Até ser um dia lembrada
Sim a paz
Botas enlameadas
Roupa encardida
E uma fome atroz
De liberdade

Vento de Outono


O vento esse que sopra dentro de mim
Que me transporta as alegrias
Deixando-me ver uma estrada sem fim
O vento esse que sopra dentro de mim
Parte galhos afugenta pensamentos
E leva-me para praias desertas sim

Os salpicos da bruma branca gelada
Na minha cara encarquilhada
Navego neste mar
Nesta encruzilhada

Tu
Que ficas aqui ao meu lado sem dizer nada
Adormeces nos pensamentos
E te perdes por momentos
Despertas sem saber onde estás
Tu
Aqui mesmo ao meu lado
Entre o mar e serra

Aqui mesmo deste lado

Amanhecer


Criei dentro de mim um abismo
Não o do Torga mas um só meu
E ainda hoje eu cismo
Foi a aventura que deus me deu

Terras de cores e cheiros tão diferentes
Gentes que ainda hoje me lembro bem
Foram momentos que ficaram pendentes
Para que um dia as visite no além

Desço os degraus no escuro desta madrugada
As crianças permanecem dormindo
Os pássaros esses rompem pela alvorada
Faz-se dia e espero que seja um dia lindo

O assobio do vento que passa

  O vento que lá fora assobia Não traz nada simplesmente frio No beiral aconchega-se uma cotovia De asa de lado estará ferida A cria...