Número total de visualizações de páginas

sábado, 26 de julho de 2014

Alentejo...


Entre os girassóis deste monte
Em que me sento e descanso
Com o meu amor de fronte
Por vezes com algum pranto

Pranto da distancia da família
Olhar fixo no firmamento
Um pensar em Inês ou Lucília
Por vezes até sinto um chamamento

Lá longe onde o sol cai
Onde a estrada se deixa de ver
Aparece a imagem do pai
Que já nos deixou de atender

Passos de miúdos na varanda
Sorriso de orelha a orelha
Nesta terra de boa fama
Onde os bois se pegam de cernelha

Sois da meia-noite em terras bravias
Ares madrugadores
Bando de cotovias
Barulhos de tractores

O vento passa lentamente
Como se quisesse parar
Esse ar benevolente
Ouve-se o seu assobiar

Cantigas de outros tempos
Da faina dos campos
São momentos
São encantos
São lamentos
Sãos descansos

Sem comentários:

O assobio do vento que passa

  O vento que lá fora assobia Não traz nada simplesmente frio No beiral aconchega-se uma cotovia De asa de lado estará ferida A cria...