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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Esperando por ti...


Corre pela estrada com o vento
Que teima em chegar e ouvir os sons da vida
Dessa que um dia julgamos que não partia
Que dentro de nós unicamente assobia
Vida de um pobre que deseja partir
Partir sem saber para onde ir
Mas tendo dentro de si o dia
Aquele que nunca pensou que chegaria
Dentro de mim a raiva do tempo
Cerro os meus olhos para deixar de ver as palavras
Que escrevo sem as olhar
É um credo sem fé
A fome que vai voltar
Nasceu e de manhã o seu despertar
Dá-me vida que vida se leva quando se vida tem
Pela mão se carrega sem ter perdão
Um mão cheia de nada e cheia de vida
Os sinos tento ouvir pela janela do teu quarto
Pelo auricular que nos une na semana
E o percorrer da calçada despida de amor
Até há  hora de chegada à cama
Todos deitados e eu olhando o mundo
O desemprego e aquele defunto que resolveu partir
Não por vontade própria mas para não sorrir
As cores essas se transformam de vivas em mortas
E essas portas altas de tua casa se fecham
No parapeito a avezinha coitadinha morta
E eu aqui deitado sonhando contigo cheio de frio
Não estou quentinho neste quarto aconchegadinho
Mas por dentro tenho frio esse que não se vê
E que tanto mal nos pode fazer se continua assim
Gelado e bem frio
É terça feira tanta distancia tanta ganancia de te ver
Foi há muito tempo que partistes ontem como se fossem meses
Sinto-me triste sinto a escorrer pela face gelada entre rugas da vida desgraçada
A lágrima do contentamento que me descobre ou que me encobre
Faço força essa que demostro na presença e que desaparece na solidão
Como sinto esta cama enorme e a falta da tua mão
Como diria o poeta, "na tua pele navego na tua pele me encanto"
Mas os meus olhos não me deixam escrever mais pelo calor que sinto a correr
É tão próprio é tanto do nosso ser e ali ao lado eles descansam
como é bom vê-los adormecer

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