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sábado, 19 de março de 2022

ATÉ JÁ


Procurei nas prateleiras baús e gavetas

Nada encontrei de mãos dada ou cavalito

Que na figueira se fotografa ali mesmo ao lado

Do relógio sempre bem aperaltado

Tenho na memória o cachimbo

De barba preta

Depois branca

Lá no Norte no Moderno

No centro no Ponto de Encontro

De mãos dadas só rebuscando

Deve ser da idade que vai passando

Recordo o olhar o saber

O andar e quando partiste amargurado

Porque abandonaste muitos sonhos

Dos incompreendidos tanta gente

Todos eles se foram contigo

Naquela tarde amena

De dores de pensamentos e agonia

Hoje descanso aqui neste sofá

Olhado a barba negra que fugia

E dirijo-te um pequeno olá

Porque sinto deveras pena

É o nosso dia como se não fossem todos

Mas a alegria de receber o telefonema

Que no ano passado há mesma hora deixei

Recebemos forças nesta tarde amena

Aqui bem perto do mar bem serena

A areia o sol e vento

Rodopiam os cataventos

Nas chaminés brancas na serra

Fecho os meus olhos e viajo

Nesse fumo com cheiro a terra

Perto de ti que um dia vou encontrar

Nuvens brancas e músicas celestiais

Sobre um tapete de cores diversas

Nem sei bem se são persas

Possivelmente não

Mas viajo com o mesmo ticket

Do ano passado será cliché 

Que em nada melhorou

Mas cheiro um assado

Que o meu olfato cheirou

Tenho de acordar

A fome vai-me matar

Até já

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