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terça-feira, 22 de julho de 2025

HORA DA PARTIDA

 

Reflexão sobre a Partida

O tema da partida é universal e atravessa culturas, línguas e séculos. Seja uma despedida breve entre amigos, a separação de familiares por longos períodos, ou o adeus definitivo, há sempre um misto de tristeza, esperança e renovação. No soneto acima, a “hora da partida” é simbolizada por uma brisa e pelo silêncio, elementos que marcam o início do afastamento e o peso de não saber o que virá. O eu lírico sente a ausência antes mesmo do último olhar, e o tempo torna-se um confidente silencioso do que fica por dizer.

A despedida, muitas vezes, revela aquilo que não foi dito e o que permanece por sentir. O vento, que embala e leva, é também metáfora do destino que conduz cada pessoa por caminhos diferentes. No peito, a esperança mistura-se ao medo, pois partir é lançar-se ao desconhecido, ainda que carregando memórias e promessas.

O Significado do Abraço na Despedida

O abraço, simples gesto de afeto, ganha significado especial no momento da partida. Não é apenas um toque, mas a tentativa de prolongar a presença, de suspender o tempo entre o agora e o depois. Cada abraço contém uma promessa de reencontro e traz consigo pedaços de esperança, sonhos e também a inevitável dor do afastamento. A noite, símbolo do término e do mistério, envolve esse instante de transição, fazendo do chão, do porto de saída, um lugar de expectativa e saudade.

A Memória após a Partida

O último verso do soneto celebra a memória como força vital que supera a separação física. Mesmo após a despedida, o que foi vivido permanece, florescendo em lembranças e fortalecendo vínculos invisíveis. A memória é a semente da saudade, mas também o solo fértil onde brota a coragem de seguir em frente.

Partida e Renovação

Na ausência, nasce a possibilidade de reinvenção pessoal. Cada partida, por mais dolorosa, encerra em si a oportunidade de crescimento, de autoconhecimento e de descoberta de novos horizontes. O adeus pode ser o início de um novo ciclo, em que o passado alimenta o presente e prepara o futuro.

·        A partida ensina o valor do momento presente.

·        Despedidas fazem aflorar emoções genuínas e profundas.

·        O reencontro, quando possível, é ainda mais celebrado.

·        Memórias partilhadas tornam-se tesouros preciosos.

Conclusão

A “hora da partida” é, antes de tudo, uma celebração daquilo que se viveu. Por mais que o tempo avance e as distâncias cresçam, o que permanece é o afeto partilhado, a esperança do reencontro e a força silenciosa da memória. Assim, mesmo nas despedidas, floresce o humano desejo de eternizar aquilo que amamos.

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Esperando por ti...


Corre pela estrada com o vento
Que teima em chegar e ouvir os sons da vida
Dessa que um dia julgamos que não partia
Que dentro de nós unicamente assobia
Vida de um pobre que deseja partir
Partir sem saber para onde ir
Mas tendo dentro de si o dia
Aquele que nunca pensou que chegaria
Dentro de mim a raiva do tempo
Cerro os meus olhos para deixar de ver as palavras
Que escrevo sem as olhar
É um credo sem fé
A fome que vai voltar
Nasceu e de manhã o seu despertar
Dá-me vida que vida se leva quando se vida tem
Pela mão se carrega sem ter perdão
Um mão cheia de nada e cheia de vida
Os sinos tento ouvir pela janela do teu quarto
Pelo auricular que nos une na semana
E o percorrer da calçada despida de amor
Até há  hora de chegada à cama
Todos deitados e eu olhando o mundo
O desemprego e aquele defunto que resolveu partir
Não por vontade própria mas para não sorrir
As cores essas se transformam de vivas em mortas
E essas portas altas de tua casa se fecham
No parapeito a avezinha coitadinha morta
E eu aqui deitado sonhando contigo cheio de frio
Não estou quentinho neste quarto aconchegadinho
Mas por dentro tenho frio esse que não se vê
E que tanto mal nos pode fazer se continua assim
Gelado e bem frio
É terça feira tanta distancia tanta ganancia de te ver
Foi há muito tempo que partistes ontem como se fossem meses
Sinto-me triste sinto a escorrer pela face gelada entre rugas da vida desgraçada
A lágrima do contentamento que me descobre ou que me encobre
Faço força essa que demostro na presença e que desaparece na solidão
Como sinto esta cama enorme e a falta da tua mão
Como diria o poeta, "na tua pele navego na tua pele me encanto"
Mas os meus olhos não me deixam escrever mais pelo calor que sinto a correr
É tão próprio é tanto do nosso ser e ali ao lado eles descansam
como é bom vê-los adormecer

Poema sobre o Sofrimento Humano

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