Nota
do Autor
Cheguei
a mais uma meta e espero que outras mais venham, cheias de amizade e saúde para
ver crescer os meus filhos.
Os
dias vão passando e quem diria que estaria neste momento a escrever para todos
vós. Sim porque com as maleitas que por aí andam cheguei a pensar que ficaria
pelo caminho.
São
nada mais nada menos que sessenta anos de muitas experiências que como
compreendem ficará para minhas memórias.
Hoje
aqui onde Portugal termina e o mar começa recordo uma terra que fica exatamente
no oposto que em muito marcou a minha adolescência Bragança.
Mas
é do Lorvão que vos venho falar, uma aldeia escondida entre montanhas pejadas
de castanheiros, pinheiros e eucaliptos terra que me viu nascer.
Escrevo
para vos contar uma pequena história, leva-me aos anos 60. Devíamos estar em
1967/68, a benjamim da família rondava os três anos e nessa altura resolveu
fazer testes para paraquedista e ao lançar-se da janela de um primeiro andar
dos altos, ficou roxa, azul e sei lá mais que cores que os demais ficamos todos
a olhar sem saber o que fazer. Infelizmente dessa altura só ela ainda está
entre nós, sei que amanhã a minha mãe me vai ligar como sempre o fez durante
muitos anos, dizendo: - “Filho foi ontem não foi?” onde esteja vai ter que
esperar mais algum tempo.
Tantas
e tantas histórias e historietas que tenho para contar, mas fica para outro
dia.
Deixo
isso sim um poema.
UM
DIA MAIS QUE OUTRO
A
manhã está calma muito calma
Nas
estradas vazias o vento sopra
E o
mar esse no horizonte se espalma
Pelas
frechas ele assopra
Quem
diria que este seria o meu dia
Aqui
no quinto virado para esse meu mar
E
longe de todos os que eu aplaudia
Resta-me
a satisfação de poder sonhar
Foram
tantos e tantos dias de alegria
Que
num poema não cabe tudo
Claro
que em alguns eu sofria
Mas
considero-me um sortudo
E
agora aqui sentado vos escrevo
Neste
dia muito feliz
Desejo
um simples trevo
De
quatro pétalas que condiz
Amanhã
outro dia
Diferente
do anterior
Enfim
simplesmente sorria
Paz
e muito amor