O
sabor da sopa da avó
Da
broa no forno a lenha
Nunca
se deveria sentir só
Estamos
no mês da castanha
O
seu olhar carinhoso
Seus beijos doces de mais
Porque
és tão teimoso
Mas
voltas sempre ao cais
Dentro
de mim a saudade
Do
borralho das pipocas
Tudo
passa com a idade
Mas
sabes sempre voltas
Onde
está o meu amado rio
Onde me levas praça antiga
Já
nem se ouve nenhum pio
Nem
uma leve cantiga
Na
janela da saudade
Ali
mesmo do outro lado
Mora
lá a antiga mocidade
Que
chora pelo seu fado
Visitas
de quando em quando
Nos
dias festas e romarias
Lá
vão devagar pisando
Até
ao quarto todos os dias
Natal
porque demoras a chegar
São
noites diferentes e com calor
Terminam
rápido e ao levantar
Partiram
como o Senhor no andor
Chego-me
à janela e vejo-os partir
Num
adeus já com muita saudade
Tenho
de me conter e sorrir
Depois
choro será da idade
Natal
é Natal
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