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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

NATAL


O sabor da sopa da avó

Da broa no forno a lenha

Nunca se deveria sentir só

Estamos no mês da castanha

 

O seu olhar carinhoso

Seus beijos doces de mais

Porque és tão teimoso

Mas voltas sempre ao cais

 

Dentro de mim a saudade

Do borralho das pipocas

Tudo passa com a idade

Mas sabes sempre voltas

 

Onde está o meu amado rio

Onde me levas praça antiga

Já nem se ouve nenhum pio

Nem uma leve cantiga

 

Na janela da saudade

Ali mesmo do outro lado

Mora lá a antiga mocidade

Que chora pelo seu fado

 

Visitas de quando em quando

Nos dias festas e romarias

Lá vão devagar pisando

Até ao quarto todos os dias

 

Natal porque demoras a chegar

São noites diferentes e com calor

Terminam rápido e ao levantar

Partiram como o Senhor no andor

 

Chego-me à janela e vejo-os partir

Num adeus já com muita saudade

Tenho de me conter e sorrir

Depois choro será da idade

 

Natal é Natal

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