Poema ao Mar
Mar imenso, voz antiga,
que embala sonhos e segredos,
teu azul canta à deriva
nas marés dos meus enredos.
Ondas vão, ondas retornam,
num vai e vem sem descansar,
como a vida, como o tempo,
como o amor a se buscar.
Teu perfume é sal e vento,
teu abraço é vastidão,
e em teu peito se dissolve
o silêncio da razão.
Quantas almas já tocaste?
Quantos barcos carregaste?
Quantos gritos afogados
no teu fundo sepultaste?
És espelho de um mistério,
és começo e és final,
és a prece do deserto,
és fronteira sem igual.
Mar, teu nome é liberdade,
teu destino, navegar...
e meu peito, em tempestade,
só queria te habitar.
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