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terça-feira, 12 de abril de 2022

Caminhar

Sentido o odor desta maresia

Que de longe se aproxima de terra

Entra em meu corpo como poesia

E em breve vamos para a serra

 

Levamos no olhar a gratidão

Dos que deixamos há dias

Saudamos os vindouros com a mão

Olhamos os pastos onde há crias

 

Somos da planície do mar e da serra

Percorremos as freguesias com amor

Mas há mais valor que o homem da terra

Com suas alfaias e o seu suor

 

Sentamo-nos ouvindo muitas histórias

Algumas delas quase a choramingar

Outras tantas talvez impróprias

Essas nem vos vou contar

 

Venha o Zé o Manel e o ti António

Depois a Maria a Zulmira e a Albertina

Dizem alguns que são campónios

Escutamos os dizeres ao som da concertina

 

Visitamos castelos mosteiros e moinhos

Redescobrindo muitas lendas de encantar

Andamos de barca e a pé pelos caminhos

Nos arvoredos nas lezírias a saltitar

 

É a alegria da comunicação

Que desfrutamos a quatro ventos

Fazemo-lo apenas por grande devoção

Quando visitamos alguns conventos

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ESVOAÇAR...

  Deixei-me ir ao sabor do vento Até encontrar a minha praia Fiquei sentado um momento Não sei onde anda a minha saia Escuto a mel...