NA ONDA
Na vida de muitas correrias
E tantas alegrias
Alguns dissabores
E tantas dores
Sorrio para os demais
Que se acham capazes
De me infernizarem
E nunca me amarem
Não
Aqui com o pé no chão
Dando-te a minha mão
Levantando-me a todo o momento
Sem sentir o sofrimento
Que me fazes ao coração
Ou pelo facto de não teres noção
Do que é amar em segredo
E nunca por nunca ter medo
De ir mais além
Na barca sem remos
A sentir o vento
Na dobragem do tormento
Com vista para terra
Nesse imenso horizonte
Seja de dia ou de noite
Na bolina sem pressa
Porque depois regressa
Ao porto de Abrigo
Esse é o meu destino
Deitar-me no chão
Com pedras desenleadas
Como eu me senti
Nos dias das abaladas
Ribombava
Neste meu mar que é teu também