Olho o castelo imponente e majestoso
Com uma lágrima no canto do olho
Nos meus sonhos vejo como está airoso
Mas de repente sinto o restolho
Do alto das suas ameias
Pombos bravos revoltam sem medo
Fazem círculos sobre lírios das areias
E voltam depois ao seu rochedo
Mais além depois dos campos
Entre salgueiros e canaviais
Um adormecer com os santos
E o reviver os lindos arraiais
O sol ao longe se vai pondo
Descendo no horizonte lentamente
Aqui estou eu quando sonho
E amar a terra somente
O rio esse é o meu pranto
A paz que tanto me alivia
Minha vida meu espanto
Dos momentos que convivia
Vagueando por este meu Portugal
De norte a sul e mais além
Basta a fortaleza conjugal
Para que me encontre bem
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