
Gostava de pintar um quadro
Mas nem tela tenho
Vou fazer um quadrado
Vou pensar primeiro
Um risco fino
Depois um mais grosso
Mas afinal qual deles em primeiro
Serei apontado pelos finos
Se os colocar depois
Logo gritam os grossos
Este o meu dilema
Ou será oposição
Que diz sempre o que não fez
Depois de ficar sem a razão
Volto ao meu quadrado
Mas vou-lhe abrir uma porta
Para que aí fique guardado
O coração da minha sorte
Como é lindo olhar para ele
De porta aberta para toda a gente
E sabes quem mora ali à frente
As nossas mães
Que nasceram num Outono
Frio de ranger o dente
Por isso são fortes
As mães de outrora
Como é bom o que se sente
Um grito de alegria
Sabes porque
Porque hoje é o nosso dia
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