De
manhã pela fresquinha
Nesta
casa vazia e sem ti
Ontem
estava tão quentinha
Hoje
estás longe e nem dormi
Amanhã
o sol voltará a nascer
Com
nuvens negras pelo meio
Gostava
tanto ver-te adormecer
Neste
ninho que é o teu leito
Eles
sorriem sem saber
Que
a vida dá muitos saltos
Afinal
tem mesmo é de ler
Para
que ultrapassem os percalços
O sol
a lua o vento a tempestade
Lidamos
com eles todos os dias
Mas
que todos sentimos é mesmo saudade
Vão
longe os anos setenta
Das
brincadeiras de criança
Mais
perto dos cinquenta
Mas
na alma muita lembrança
Foram
tranças negras de certeza
Passaram
a loiras
Outras
improvisadas mescladas
E por
vezes até doiradas
Na mesa
uma vela acesa
Um prato
despido de comida
No canto
do olho uma lágrima
Que
escorrega só com ida
Saudade
Sem comentários:
Enviar um comentário