
Distância do pensamento dos braços
Dos dedos de uma mão cheia de nada
Necessitando de muitos abraços
Dos nós da vida que nos abana
Na constante mutação dos deuses
Que rogamos sem conhecer
Deixando para trás o sol dos pobres
No frio da morte de um pequeno ser
Mãos calejadas da pedra fria
Calças arremessadas do tempo
A névoa que vai sobre a ria
De mansinho pela cidade dentro
Pregões ouvem-se ao longe
Na lota a venda contínua
Um dia ainda serei monge
Deste dia que a noite é sua
Mostra entretanto os seus clarões
Desta manhã que despertei
Vermelhos rosados sem empurrões
Um beijo amanhã lhe darei
1 comentário:
Não sou só eu a escrever de noite.
Parabéns, Luís! Escrever liberta a alma!
Um beijinho da mãe e avó.
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