De manhã cedinho pinturas
a condizer
Espartilho preparado com
sapato calçado
Sem respirar com sorrisos
de amanhecer
A hora está a chegar de
mirar o empregado
Abrem-se os botões
Dão-se umas risadas
Caem uns tostões
É dia das miradas
Não sendo dia de feira
Lá se vai caminhando
Há festa na eira
Em ambiente apinhado
Soltam-se os sorrisos
Bem mascarados
Estão noutros pisos
Bem embrulhados
É dia de festa
Cantam os pardais
Depois de uma sesta
Atacam os milharais
Um dia de risota
E algumas facadas
Vai ele de mota
Com as mãos atadas
Olhares perdidos
Num limbo escuro
Sons sentidos
Dum um lume puro
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