Criei uma flor nos meus
sonhos sem odor
Queria que fosse minha
neste mundo em fogo
Em que ninguém hoje em
dia tem pudor
De desbaratar os
milhões com o seu amigo
Lá fora a pobreza
aumenta dia após dia
A fome volta a casa sem
pedir licença
A mãe já não tem leite por
covardia
Dum governo que nem nos
trata na doença
São sonhos perdidos de
muitos anos
Em que a liberdade
tardava em chegar
Ministros e secretários
muito levianos
E nós nem os podemos
denegar
Somos dos últimos da
Europa
E daqui não vamos sair
Talvez quem saiba se
volta a tropa
Para nos livrar destes de
decair
Lágrimas sonhos e os afetos
Partem sem querer mais voltar
O que vai ser dos nossos
netos
Se nem vontade temos de
lutar
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