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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dor na planície



 

Cai a noite aos nossos pés
Que entorpecidos pelo cansaço
Se deleitam entre mantas
Procurando o calor dos nossos corpos
Embebendo-se em ternas palavras
E adormecendo
O assobio lá fora embala os nossos corpos
E pela noite dentro sentimo-nos muito próximos
Ora virados a jusante onde o rio nos leva
No seu doirado navegamos nas manhãs calmas
E ao raiar da alvorada um som nos desperta
Do quarto ao lado onde a fome chega
O seu gemido nos faz despertar entre o gelo
O dia começa
Estão vivos neste Portugal em pedaços
Sem saber o dia de amanhã
Mas ambos munidos pelos mesmos laços
Sorriem e nos fazem sorrir
Mesmo no sofrimento damos alento
Afinal o dia esta a começar

1 comentário:

Isabel Maguiar disse...

Portugal pode estar em pedaços, mas desde que a nossa Alma permaneça inteira, haverá sempre esperança.
Um grande Beijinho, para um lindo poema.

ESVOAÇAR...

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