
Quero tanto ficar sem medo
Tanto como é o meu segredo
Que me levanto bem cedo
Escrevendo o meu próprio enredo
O vento
A tempestade da sentença
O alento
De um braço com crença
O abatimento
Da criança à nascença
Tudo isto me vem à mente
No corrupio avassalador
Que até por vezes fico doente
E sinto uma forte dor
A dor
Junto do arvoredo
O fervor
Que me levam ao degredo
O apedrejado
Que fico sem medo
A terra que vê a sua semente
Crescer nos trilhos do campo
Por onde passa a gente
E de noite vagueia um pirilampo