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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A minha praia...ou não.

 


Sentado neste banco onde o sol me beija a cara

Cerro os meus olhos e deixo-me ir

Ao abrir revejo um barco que não pára

E nem bilhete tenho para poder sair

 

Preso a estas amarras invisíveis

Que o tempo mordazmente me ofereceu

São manhãs tardes e noites terríveis

Que só eu sinto quando fito o céu

 

Levanto-me e devagar percorro ao longo da praia

Sentindo o vento e olhando o esvoaçar das gaivotas

Depois sento-me novamente no banco antes que caia

E reparo que ao longe alguém atira algumas pelotas

 

Sinto o meu olhar meio enevoado da idade

E desenho algumas figuras nas nuvens

Afinal esta não é a minha cidade

E uma lágrima escorrega mirando os jovens

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ESVOAÇAR...

  Deixei-me ir ao sabor do vento Até encontrar a minha praia Fiquei sentado um momento Não sei onde anda a minha saia Escuto a mel...