O mundo que nos segue e por vezes foge
As letras que outrora escrevíamos em vão
O sonho que se perdeu na luz da escuridão
O sabor a lima ou a limão
Acentua o gosto no céu-da-boca
Ilumina-nos por entre as trevas
Descalço percorre este caminho
Gritando ao caminheiro
Que com o seu cajado não pára
Segue no seu passo ligeiro
De azul talvez mais claro
Bate no céu lá ao longe
E desaparece na curvatura
Da longa vida da saudade
São sabores
Odores
Tristezas em mão alheia
Que escrevo para ti meu amor
Que nos vamos ver à hora da ceia
E sentados nessa mesa cansados
Das caminhadas deste agora nosso Alentejo
Fitamo-nos aos quatro e abraçados
Adormecemos doutra maneira
Não
De alguma maneira vamos sair
Vamos sim um dia fugir
Nem eu sei bem para onde
Pode ser para o fim do mundo
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