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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Balão negro


Palavras rebeldes ironia à solta
Olhares cegos de madrugada
Coração fechado de açoites
Que morrem pela calada
Sentimentos atrozes
De indefinições do tempo
Corpos expostos sonhando mocidade
Refúgios escondidos
Agressividades sem mágoa
Farpas
Espuma
Raiva
E morte
Sonhos que se perdem
Em dias de vento
Vidas que se contraem
Ao longo do tempo
No teatro da vida desleixada
Na busca do insignificante
Casa agora caiada
Sem trompa de elefante
Unhas partidas e dedos ruídos
Dores sentidas no momento
Que passam logo de seguida
Desde que seja longe do centro
Ali perto e tão longe
Tão quente do frio
Talvez um olhar diferente
Das alturas do momento
Altos fortes e barrigudos
No circo com balões
Sem nenhuns tostões
Mas sorrisos da ribalta
Cama comida farta
Por onde andas agonia
A noite afinal até está fria
Deixei para trás o mar
Deixei afinal de pensar
E tudo a minha volta se transforma
Na noite que me atormenta
Na noite que me mata
O dia rejuvenesce sem mácula
Mas com sofrimento
Esse que é decerto do momento
Do país ou talvez não
Da paixão do amor da razão
Do viver entre mãos
Pequenas desamparadas
Olhares de crianças
Viver
É mais forte do que morte
Sofrer
É simplesmente o estado da Nação




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