Música das Palavras
AS PALAVRAS SÃO UMA ARMA QUE DEVIDAMENTE PERFILADAS FEREM COMO LANÇAS E MATAM SEM DOR. SÃO ELAS QUE ALIMENTAM A MINHA VIDA OS MEUS SONHOS OS MEUS AMORES. IREI PERCORRER VÁRIOS CAMINHOS UNS ABRUPTOS OUTROS PLANOS, NALGUNS PREDOMINA O VERDEJANTE, NOUTROS OS CASTANHOS DA MINHA TERRA E ÁGUAS CRISTALINAS DESLIZANDO EM DIRECÇÃO AO MAR. VAI SER NESTA MESCLA DE ODORES SABORES E CORES QUE VOU PERCORRER ESTA TELA VIRADA PARA MUNDO.
Número total de visualizações de páginas
domingo, 13 de julho de 2025
sábado, 12 de julho de 2025
sexta-feira, 11 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
As Lavadeiras do Mondego
Às margens do Mondego
Ao romper da alvorada,
no nevoeiro leve,
Deslizam figuras pelo
rio sagrado,
Lenços brancos na
cabeça, saias já gastas,
Mãos calejadas, olhos
de fado.
Lá vão as lavadeiras,
destemidas e firmes,
Com risos e cantigas a
ecoar pelo ar,
Entre pedras e espuma,
entre segredos e águas,
Lavam memórias que a
corrente vai levar.
O Mondego reflete as
histórias contadas
Por cada peça torcida
sob o sol a brilhar,
Suspiros de amores,
promessas guardadas,
Esperanças lançadas num
simples olhar.
Cada bata batida é um
verso escondido,
Cada sabão, um sonho a
escorrer;
Na dança das águas, no
cheiro do linho,
O tempo esquece-se de
correr.
Quando o dia se despede
e o vento amansa,
Recolhem as lavadeiras
o que é do seu labor,
Deixando nas margens
poemas de esperança,
Tecidos na espuma com
mãos de amor.