Portugal
Não sei para onde vou
Nem sei que caminho tomar
Pela pobreza dos políticos
estou
Pronto para fugir por este mar
Cinquenta anos governados
Que mais vamos apanhar
Por estes dois finórios
O comboio vai abalar
Que cor vou escolher
Que papelinho vou riscar
Olho para um já estou a ver
Não tenho vontade de votar
Irei eu escolher
Em consciência afinal
Que partido vai perder
Para não me sentir mal
Hoje apareceu o radical
Nada de bom nos vai trazer
E o mais certo e viral
É um dia desaparecer
Nesta vida sem horizonte
Onde tudo está mais caro
A saúde está a monte
Está tudo mais claro
São cunhas e telefonemas
Ninguém sabe quem discou
Devíamos cobrir de penas
Alcatrão quem nos pisou
São todos uns aldrabões
Paga povo desgraçado
Vais ficar sem os tostões
E mais uma vez enrascado
Porque sabem onde esconder
Escolhem juízes e
procuradores
Está tudo apodrecer
Serão depois os seus dadores
De leis feitas à maneira
Aqui D’el rei
Do Minho ao Algarve