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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A última viagem


A última viagem
Caí em mim sentado no parapeito da janela
Onde o nevoeiro me toldava a vista já fraca
Sem saber se caía
Ou me erguia
Desta agonia
Mais uma vez parto para parte incerta
Onde os sonhos continuam sem sentido
Ou quem sabe seja o fim do caminho
Levo no olhar como disse fraco a Amizade
Um bolso cheio de nada nem de sonhos
Mas parto para parte incerta de certeza
Sempre com a mesma firmeza com que cheguei
Do nada e nada levarei além da Amizade
Esta não se vai nem me deixa partir
Ficará aqui um pouco de mim e quem sabe se voltarei
Sei que isso não vai acontecer
Porque sinto dentro de mim que é o fim

“Meu coração da cor dos rubros vinhos Rasga a mortalha do meu peito brando E vai fugindo, e tonto vai andando A perder-se nas brumas dos caminhos. “ Florbela Espanca

Serei palhaço ou talvez não neste meio do sargaço
Dentro de algo sem fim á beira do mar onde me senti
Se me pergunto se quero partir não sei mas sei que não vou ficar
E neste dilema tão grande de mochila às costas e com filhos pela mão
Vou sair da beira do mar para entrar na planície
Onde por certo terminarei a viagem da minha vida
De mochila eu sei
Foi assim que comecei

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