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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Terra dos "Olés"



Escuto fado, seja triste, a minha sorte.
Nem os números admiram, está perto a morte.
Bem-vindo a casa de muitos olés,
Coincidência no género, são sempre os mesmos,
Ali mesmo ao pé do Stº André.

“Povo que lavas no rio
E que tanhas com teu machado
As tábuas do meu caixão”

Sejam dos que entram sem bater
Ou dos convidados dos sorrisos
A morte chega devagar e silenciosa
Construindo casas de dois pisos
Com sete de terra fria e sem dor
Que não seja pelo ardor
Do “matraquilhar” pela manhã
Contudo desligado para não incomodar
E o cansaço, pela noite, que se liga lá para seis
Descalço pelo corredor sem fazer barulho
E mais olés seja de barro ou de ferro
O que interessa?
Não é o olhar de desprezo
Simplesmente o sossego
Que se alimenta escondido
Nas janelas de pau, forjadas de ferro.
Depois de se apagar quase tudo
Deixa-se um rasto para continuar
E assim se viver a ilusão
Que tudo segue o seu destino
Tudo segue com razão

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.”


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