
Fugi de terras que tanto adorava
Para conhecer outras acolhedoras
Trouxe no olhar as árvores onde morava
Que na noite fria caíram sem dor
Caminhos percorridos entre montanhas e vales
Entre o verde que se desperta a cada momento
E no olhar aparece perfilado o novo olival
Da paisagem Alentejana no seu sofrimento
Novas palavras com cantos diferentes
Olhares com sorrisos bem abertos
Distancias que se perdem no tempo
Alentos de novas gentes
Aproximo-me da varanda revejo a paisagem
Tentando ver o que deixei para trás
Se abre deste lado uma nova imagem
Do que se pode sonhar sem voltar atrás
Uma estrada de descobertas
Um rio que não sei onde vai dar
Aconchego-me nas minhas cobertas
E deixo-me adormecer neste novo lar