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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Poder da palavra...



Quem me diz que escrevo bem
Será por amor ou por desdém
Quem diz que o mau sou eu
Será por dor ou um fariseu

Mas não paro nem me deixo intimidar
Sigo um rumo certo olhando o mar
Porque a razão um dia vai voltar
A bater na costa do meu lar

São pequeninos estes meninos
Que um dia vão poder ler
E já em grandes como sabinos
Vão sorrir ao me verem

Olhos molhados de saudade
Mãos inquietas de aventuras
Vou ver crescer pela mocidade
E a seu lado as desventuras

Estarei sempre nesses momentos
Que mais precisam de mão amiga
Ajudando com os meus pensamentos
Contado-lhes o que mais me intriga


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sonho ou realidade!!!





Sonho ou realidade
de um Português
que vagueia nas palavras
que se deslumbra no olhar
no mar
na terra
no Infinito onde ficar
no berço de um menino
no colo de sua mãe
Sonho ou realidade
de Outono a passar
Inverno que vai chegar
grito abafado de menino
que cabe na minha mão
olhando para dentro
dentro do coração
(Há três meses)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aos meus filhos….




Nunca serão demais nem de menos
Uns mais fortes outros assim a assim
Uns iguais e outros diferentes
Mas eles num todo
Estarão bem presentes
Gritam e choram em sintonia
Uns pela bicicleta
Outro pelo biberão
Outros não querem pão
Mas ambos de mãos dadas
Olhamos para eles
Sorrimos por dentro
Porque já passamos
A fase da manteiga com pão
Afinal onde está o irmão
Lá fora a andar de bicicleta
Outro no berço
Outro no chão
Atrás da cadeira
Atrás do armário
Casa cheia
Logo pela madrugada
E assim vai o dia
Nesta casa cheia de vaidade
Afinal que dia é hoje

Traços de cores...





Segui uns traços ao longo de uma folha de papel.
Uns finos, outros grossos, uns mais que outros.
Numa das pontas coloquei um cordel
E de lado vi a tua imagem num dos topos.

Segui os mais grossos e deram num jardim
Verde rosmaninho com cheiro a alecrim.
Teus olhos piscaram perto de mim.
Enfim…enfim!

Depois agarrei-me a um dos finos que se partiu
E lá num fundo já bem sentado,
Mais uma vez, a tua imagem surgiu,
Risonha, bem disposta... fiquei aliviado!

Afinal eras mesmo tu que estavas a segurar os baraços
E deixaste que eu caísse para ficar bem perto,
Bem perto, bem nos teus braços,
Sentido no coração esse aperto.

Quem me dera que tudo não fosse numa folha de papel.
Afinal, escrevo acordado e bem-humorado.
Um dia, possivelmente, esculpirei a tua imagem com cinzel.
Sim! Isso tudo porque estou enamorado.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Enfim...É o querer



É o querer
Poder e sorrir
Sentir e desejar depois sofrer
Pelo que se deseja e não vê chegar
É o querer
Dormir sossegado e acordar
Depois andar pela madrugada
E sorrir por sentir o que deseja ouvir
É querer
E não poder por ser mal entendido
Talvez pelo sentido
O mesmo por ser assim despejado
É o querer que levo nesta vida
Que nada devo mas que o sinto
Na pele no pensamento
No momento
É querer
O sofrimento que vem de dentro
É um lamento sem consentimento
São horas dias sem razão
Que simplesmente me vem ferir o coração
Que mal terá tido
Que tamanho deve ter sido
Para agora cair em mim esta frustração
Será castigo
Será tormento
Enfim … é o meu lamento.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Abrir a porta



Neste olhar bem profundo
Onde tantos sonhos ainda temos
Vamos dar a volta ao Mundo
E um dia os recordaremos

Sentados no alpendre da nossa casa
Com o olhar no firmamento
Eles brincando sob a asa
De um avião ali ao centro

Caem sujam-se e levantam-se
Rimo-nos desses jogos de guerra
Existe um sorriso que nasce
Neste sonho de voltar a terra

Sonho ou realidade...



Sonhos ou realidade
de um Português
que vagueia nas palavras
que se deslumbra no olhar
no mar
na terra
no Infinito onde ficar
no berço de um menino
no colo de sua mãe
Sonhos ou realidade
de Outono a passar
Inverno que vai chegar
grito abafado de menino
que cabe na minha mão
olhando para dentro
dentro do coração

Pintura das palavras




Levo as cores da pintura abstracta
Dos quadros que um dia vou pintar
A tela ainda se encontra intacta
Mas de certo que vou pincelar

O canto que não tem censura
De ver o que não se quer ver
O riso por detrás da pintura
E de sentir o sorriso a surgir

Parto para águas profundas
Frias de morte e de dor
Mas nunca por nunca confundas
O amor que te tenho com sabor

Seja ele qual for
Agreste ou mesmo doce
Silvestre ou domador
É amor.

ENTRE CORES



Entre o verde da minha terra nos meses do frio
E o castanho desbotado em pleno Agosto
Olho para baixo onde passa o rio
De águas límpidas e com rosto


Já lá vão os tempos de criança
Brincado no coreto cheio de amigos
Hoje não passa de uma lembrança
Que se perde com o sabor dos figos

Na encosta castanhas a saltar
Entre os matagais ouvem-se os pardais
Rebolando no musgo a brincar
Sujo de verde e de cores mais

Não me vou esquecer desse tempo
Que hoje me veio há memória
Podem ser sonhos que vêm com o vento
Mas são momentos de alguma história

ESVOAÇAR...

  Deixei-me ir ao sabor do vento Até encontrar a minha praia Fiquei sentado um momento Não sei onde anda a minha saia Escuto a mel...